quinta-feira, 12 de junho de 2014

Game Theory: Fugindo da Zica!

Todo mundo já reclamou e sempre vê alguém reclamando que perdeu porque zicou, que faltou sorte, que não veio nada e veio tudo pro oponente. Isso é algo que acontece em todo card game e em alguns caso é inevitável, mas em outros casos não.

Nós ficamos condicionados a procurar sempre o mesmo combo e fazer sempre a mesma jogada e não é errado procurar fazer a jogada mais forte e que o deck foi montado para fazer. Mas essa pode não ser a única jogada do deck, muitas vezes achamos que zicamos por que faltou 1 carta mas ainda temos um leque de possibilidades e esquecemos que jogar com o que vier é o que realmente demonstra o nível de habilidade de um jogador.

Muitas vezes fazemos essas jogadas sem saber direito como vai terminar. Temos 2 formas de fazer isso, planejando e testando anteriormente ou fazendo e vendo no que vai dar. Porque no meio de um torneio não teremos tempo suficiente para planejar todos os passos e executar as jogadas com precisão se nunca pensamos nela antes. É por isso que treinamos, para perceber e aprender a executar essas jogadas diferenciadas.

A questão aqui é que quase sempre existe alguma jogada a ser feita, se não uma que te leve mais perto da vitória é uma que pode atrasar o oponente até conseguir algum recurso que faça isso. Devemos sempre lembrar que todo jogo de estratégia se resume a administrar recursos e que mesmo na melhor das situações ainda estamos gastando algo.


No Heartstone é muito fácil ver isso. Em muitos casos estamos com uma boa vantagem e vemos que o oponente começou meio zicado, não consegue baixar muitas cartas e fica apenas usando a skill do heroi. Mas o jogo vai passando e acabamos não conseguindo causar muito dano por não possuir unidades muito fortes, então chega o mid game e as cartas de custo mais alto começam a se tornar disponíveis. Com uma carta o adversário limpa 3 minions fracos que entraram em campo no early game, nesse momento ele tem 8 cartas na mão e nós temos 4 ou 5. Ainda temos a vantagem ofensiva, atacamos antes e escolhemos o que fica em campo e o que morre, mas ele está muito confortável em trocar esses recursos. Durante os turnos seguintes acabamos causando cada vez menos dano ao oponente procurando controlar a mesa, que se mantém vazia turno após turno, para não entregar a vantagem ao oponente. Fatalmente chegamos no late game e os recursos começam a acabar, jogando muito bem e tomando ótimas decisões, conseguimos transformar aquela desvantagem de 3 carta do mid game em uma vantagem de apenas 1 carta que é mais do que o suficiente para o oponente tomar controle do jogo e acabar controlando o jogo até ganhar alguns turnos depois, mesmo que esteja com pouquíssimos pontos de vida. E assim um partida aparentemente muito fácil, contra um oponente com poucas opções de jogada no começo do jogo se inverte completamente e forma natural. Tudo por que o jogador soube administrar suas cartas e seus danos.

Ter paciência, aceitar que nem sempre os recursos vem na ordem certa e que é impossível ganhar sempre num jogo onde a sorte é um fator predominante é o melhor caminho para jogar de forma saudável. Vale lembrar que o segredo para ter sucesso no cenário competitivo de qualquer jogo é ganhar mais do que perder e não necessariamente ganhar sempre. Gostou da matéria de hoje? Então comente e deixe sua crítica abaixo. Tem alguma sugestão? Elas sempre são bem vindas! =]

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